quinta-feira, 5 de novembro de 2009

APS DEBATE OPÇÃO DE ESQUERDA PARA 2010

Juliano Medeiros*

Um ano antes das eleições que elegerão Governadores, Deputados, Senadores e Presidente da República, o PSOL enfrenta dois grandes desafios: construir uma tática eleitoral que unifique o Partido e expresse o anseio de mudanças frustrado pela experiência do PT no governo federal; como também, romper a falsa polarização entre tucanos e petistas. Por isso, teve início no interior do partido um rico processo de debates que culminará em uma Conferência Eleitoral que definirá a posição do PSOL em relação às eleições de 2010.Para cumprir a tarefa de representar o PSOL nas eleições de 2010 o melhor nome seria, sem dúvida, o da nossa presidente, Heloísa Helena. Porém, conforme se define o cenário eleitoral em Alagoas, aumentam as chances de que Heloísa decida-se pela disputa ao Senado, deixando o PSOL diante uma difícil decisão, ainda que a ampla maioria do partido defende que ela seja candidata à Presidência da República.Diante desse cenário, o PSOL começa a discutir as possíveis alternativas. Um setor do Partido apresentou ao debate interno (mas também cada vez mais externo) durante o II Congresso Nacional do PSOL, a pré-candidatura do companheiro Plínio de Arruda Sampaio, ex-deputado constituinte e candidato a governador de São Paulo em 2006. Outros consideram a possibilidade de aliança com a ex-senadora Marina Silva (PV).A Coordenação Nacional da Ação Popular Socialista, reunida em Brasília no mês de outubro também abriu este debate. Aprovamos o indicativo de candidatura própria do PSOL à Presidência da República, convocando todas as regionais e bases organizadas a se manifestarem sobre o tema. Uma nova reunião no mês de novembro tomará a decisão final. Até lá, devem ser feitos debates com todos os atores envolvidos nesta decisão: no âmbito partidário, as correntes internas, as principais lideranças e os pré-candidatos à Presidência da República; fora do PSOL, com a Senadora Marina Silva, intelectuais de esquerda e movimentos sociais progressistas. Para a APS, uma possível aliança com a Senadora Marina Silva só seria possível após um profundo debate sobre o programa que queremos para o Brasil. Até o momento, porém, as declarações da Senadora tem ido no sentido de reivindicar a gestão conservadora do atual modelo econômico, qualificando-o através da agenda ambiental. Sua entrevista no diário espanhol "El País" foi emblemática e confirma esta avalização.Nos dias 5 e 6 de dezembro acontecerá, em local a ser definido, a reunião do Diretório Nacional do PSOL. Até lá, a APS buscará amadurecer uma posição para que o PSOL saia fortalecido das eleições em 2010, apresentando seu programa de mudanças para o Brasil e elegendo parlamentares que possam representar nosso partido na luta contra as políticas neoliberais em nosso país.
Juliano Medeiros, é ex diretor da UNE

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