quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ivan Valente propõe comissão para visitar Honduras

A polícia hondurenha começou na manhã desta terça-feira (22) ações repressivas contra milhares de pessoas que se encontravam ao redor da embaixada do Brasil em Tegucigalpa, para onde o legítimo presidente de Honduras, Manuel Zelaya, retornou nesta segunda-feira de surpresa. Segundo informe da Via Campesina, confirmado pela Agência EFE, a repressão contra os distúrbios resultaram em duas mortes e pelo menos 30 feridos. Por causa dos confrontos, todo o comércio e estabelecimentos públicos estão fechados em Tegucigalpa. A embaixada brasileira se encontra cercada por militares e atiradores de elite. Além disso, o governo golpista cortou o fornecimento de água, luz e telefone do prédio da embaixada brasileira, o que aumenta o clima de tensão. De Nova York, o presidente brasileiro advertiu ao governo golpista que respeite a imunidade da embaixada. "Nós esperamos que os golpistas não entrem na embaixada brasileira", enfatizou. A correspondente em Honduras da TeleSUR, Adriana Sivori, disse que as Forças Militares estavam localizadas nas proximidades da embaixada para cumprir as ordens de limpar a área. A repressão aconteceu durante o toque de recolher imposto pelo governo golpista, liderado por Roberto Micheletti, que começou às 16h, hora local, desta segunda, e segue até às 18h desta terça-feira. Segundo a repórter, após a repressão cerca de 25 homens mantêm o cerco à área, e relatou vários feridos e detenções.A ação policial também se estendeu ao fechamento de quatro aeroportos internacionais de Honduras, após o regresso de Zelaya, a fim de que o Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, não entre no país .Com isso, o o chefe da agência adiou a viagem prevista para o país centroamericano depois desta decisão de Micheletti.Manuel Zelaya voltou para Tegucigalpa na segunda-feira, 86 dias depois do golpe realizado em junho. Ele permanece na embaixada do Brasil criando as condições para o diálogo com os representantes ilegítimos e buscando o seu retorno ao poder.

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